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YANNI 18 de outubro de 2012 – Clube de Engenharia – 20:30hs – BRASÍLIA-DF
Yanni - A saga
Mais um dia se inicia, a rotina segue seu curso. Um dia horrivelmente quente. Há um certo desânimo no ar, talvez pelo cansaço que é permanente. Passei o dia na leseira, quase nem fiz nada e se pudesse nada faria mesmo. Não havia nenhuma expectativa quanto ao show, nenhuma mesmo. Eu deveria ter ido a São Paulo em 2010, tanto para ver Yanni como para ver Scorpions, mas acabei presa aos problemas familiares. Idem para esse ano, não pude ir a São Paulo ver Scorpions novamente. Caco! Às vezes as lutas da vida nos anestesiam os sentidos, provavelmente por isso acabei desanimada para shows temporariamente.
Comecei a me arrumar em cima da hora, eu queria pintar uma mecha do meu cabelo de roxo, mas não achei a tinta, então acabei pintando de azul, mas não ficou bom. Como não ia dar tempo de fazer mais nenhuma alteração no visual, me mandei e saí praticamente cantando pneu com medo de chegar lá e não encontrar lugar para estacionar, além de perder os melhores lugares. Só pra confirmar, passei o dia numa preguiça desinfeliz. A mãe não tomou o remédio na hora e deu crise, fui dormir às 4 da matina no dia anterior. Nem cuidei direito da casa nesse dia, nem dos bichos, nem de mim, fora que o calor insuportável acabou contribuindo para uma quase falência múltipla física e emocional.
Pra completar o desânimo saí de casa e esqueci a câmera!!!! Eu e câmeras – um caso perdido! Em 2005 no Live and Louder no exato momento em que Scorpions pisam o palco, a bateria da minha câmera acaba!!! Murchei que nem flor sem água. Tirei fotos de todas as outras bandas, me empolguei e acabei com a bateria. O que será que eu tinha na cabeça pra achar que as baterias duram eternamente uma vez carregadas? Tsc, tsc.
Então, dito e feito, quando cheguei ao local do show já estava lotado, ainda pra me fazer perder mais tempo, acabei passando da entrada – não sabia onde era- e tive que parar num posto para perguntar a localização do clube de engenharia. Estava do lado já, rsss, só que precisei voltar pra avenida das nações e pegar o primeiro retorno, para então pegar o outro retorno e voltar para a pista onde era a entrada do clube. Devo ter feito esse percurso em menos de dois minutos, tanto que levei buzinada em cima de buzinada, rssss. Consegui estacionar na entrada, quase perto da bilheteria, no meio fio mesmo, prendendo um monte de carros, rssss que estavam estacionados na grama. Voei para a entrada e já tinha uma fila gigantesca. O Óbvio, perdi os lugares na frente do palco, mesmo assim consegui ficar na primeira fila, quase na ponta, já meio que caindo das cadeiras, rsssss. Eu ouvi comentários de que praticamente ninguém sabia onde era o clube, foi nessa hora que me senti menos idiota, rssss.
Sentei do lado de uma moça que acabou sendo retirada de onde estava e sendo levada para mais perto do palco, pulei imediatamente pra cadeira onde ela estava, sim, afinal meio palmo faz toda a diferença, rssss quando se sente que está a kilômetros de distância de alguém muito querido.
Achei o posicionamento das cadeiras muito distante do palco. Qual a parte de “nós não temos doença contagiosa que as pessoas ainda não entenderam?” Rsss e, aqui no Brasil nunca que eu saiba artista nenhum sofreu atentado terrorista. O máximo que poderia ter acontecido num show do Yanni era ele ter recebido de alguma fã mais afoita um caloroso abraço no palco, enfim, não seria nada de matar, rsssss. Juro que não entendo esse “asco” esse “medo” que os artistas têm de gente, principalmente de fã. Faz a gente gostar, faz a gente amar, depois querem se manter a léguas de distância de nós. Vai entender......
Breve pausa para um comentário...eu sabia onde ele ia ficar hospedado aqui em Brasa. Mas, optei por não ficar lá. Não o vi em lugar nenhum que não fosse o show. Assim como Scorpions preferi que o primeiro contato fosse assim mesmo. Quando vi Scorpions a primeira vez no Live and Louder de 2005, no fim do show, eu sabia que ali não era o fim, dentro de mim havia uma tristeza por não tê-los visto em outras situações, mas eu tinha a certeza de que os veria novamente, de que forma e como as coisas iriam acontecer, bem isso não foi planejado, as coisas foram acontecendo. Então, com Yanni também será assim, as coisas vão acontecer ou não, tudo vai depender das tramas da vida.
Continuando a saga.......
Fiquei do lado de um povo que era do fã-clube inside Yanni. Troquei algumas palavrinhas com elas antes e durante o show, gente super simpática, tinha sotaque nordestino, muito bonitinho. O Yanni sempre apontava pra elas, rssss.
Tá, entram no palco uma tropa, sim, que era aquilo minha gente? Nunca vi tanto músico reunido para um show assim, só quando eu ia ao teatro municipal do Rio assistir a um balé e ópera. Não contei, mas devia ter umas 15 pessoas se não tinha mais, rsssss.
Poucos minutos depois lá vem ele, o baixinho, mais fofo desse mundo, rsss. Não dá mesmo para colocar em palavras o que foi vê-lo ali, naquele palco, fisicamente tão distante e espiritualmente com tantas coisas nos aproximando. Nesse momento só me lembrei de uma certa noite que passei em São Paulo em 2007 e uma certa pessoa, um outro baixinho, de alma nobre, tão encantador quanto aquele grego que estava na minha frente. Nem mesmo os anjos dos céus poderiam ter me feito mais feliz do que esses dois baixinhos, meus amores, minhas estrelas de Luz, paz e amor. Ambos parecem possuir uma varinha mágica que faz sonhos se tornarem realidade.
Para quem saiu de casa desanimada, mal dava para acreditar no turbilhão que virou meu ser no exato momento em que o vi. Ele estava ali! Incrível! O engraçado, é que eles fazem tudo desaparecer ao redor, não existe nada, problemas, conflitos, questionamentos paradoxais sem aparente solução, fama, toda a realidade que costuma cercar essas pessoas, tudo desaparece, é como se não existissem barreiras, na minha frente eu só conseguia ver uma pessoa, um ser humano como eu, que certamente tem qualidades e defeitos, mas que optou por construir uma vida baseada na doação de si e do amor à vida, ao elemento humano que transita neste pálido ponto azul perdido na imensidão do universo.
O grego tocou tudo que tinha direito e eu queria ouvir e muito mais. Felitsa, minha preferida, foi um marco, The End Of August, Nightingale, Marching Season um show à parte. Nossa, tantas e todas que eu queria ouvir. Antes de Felitsa ele disse que Felitsa era a mãe dele, obviamente querendo dizer que ela era falecida já. Durante todo o show o povo brincou, conversou e assobiou e deixou-o alegrinho, alegrinho, rssss. Foi mais intimista, mais próximo, mais caloroso o contato. Acho que ele nunca viu uma platéia tão doida e sexualizada como a nossa linda platéia brasileira. Sexy, lindo, gostoso, cute, foram algumas das palavrinhas que ele ouviu. O público estava ensandecido.Valha-me, porque no show aqui de Brasília até viado cantou ele. E, ele muito macho, um tempinho depois fez questão de afirmar que ele adorava as mulheres, complementando com um “I Love trouble”, kkkkkk e depois ele gesticulou com as mãozinhas como quem diz, não não, rsssss.
Ele fantasticamente falou inúmeras frases completas e perfeitas em português. Lá vem eu começando a ficar feliz e botando a catarse pra funcionar: “PERFECT PORTUGUESE”, e ele “I’ve been here for a couple of days”. Sério tem gente que passa meses aqui e mal articula alguma coisa que preste.
Claro, que as pessoas falam essas coisas todas, mais pra relaxar, como uma catarse mesmo, como uma forma de diversão e de quebrar o gelo. Existe um profundo respeito, ao menos da minha parte, por todos os artistas que gosto e admiro, independente do besteirol que a gente sempre grita nos ouvidos dos pobres.
Eu no fim não agüentei, aí soltei um sonoro: “YOU CUUUUUUUUUUTE”, com todas as forças e ar que ainda tinha no pulmão, ao que ele se virou para o lado de onde eu estava, parou sentadinho na banqueta com aos mãos postas e ficou olhando na minha direção. Por alguns segundos: Silêncio! Por mais alguns segundos um silêncio de morte, estarrecedor. Achei que foi nessa hora que fiz uma bobagem do tamanho do universo que Deus fez, rssssss. Eu só queria sumir, desaparecer, virar pó, entrar no bolso de alguém pra me esconder, morrer talvez fosse uma boa solução. Senti como se estivesse interrompendo ele. Apesar de eu não ser tímida, confesso que foi meio constrangedor. Até agora não entendi por que ele ficou parado encarando? Das duas uma, ou ele amou, ou odiou de morte e se pudesse faria aquela banqueta onde ele estava sentado voar na minha direção. Pensando nessa infeliz possibilidade, aí foi que eu travei mermo e fiquei quietinha, porque eu não tinha onde esconder minha cara de vergonha, no meio daquele silêncio quase sepulcral e interminável. Vontade de sair dali correndo e me atirar no lago Paranoá não faltou, já estava bem na direção mesmo, ia voltar pra casa a nado, aliás, nem ia, porque não sei nadar!!! Rsssssss. Tudo bem que eu fiz o que fiz com ele, mas, affff, precisava devolver na mesma moeda? Rsssssssssssssssss
E, lá continua ele tocando, fascinando todo mundo, fazendo minha alma vibrar, reacendendo a chama da vida em mim, reativando minha kundalini.
Num dado momento as pessoas não se seguram e começam a se aproximar do palco. Uma moça chegou a dizer que a música dele tocou no casamento dela, ao que ele respondeu com um “congratulations”, rsss. Que voz de locutor de TV/radio ele tem, nuss sinhora, rsss. Cid Moreira é fichinha perto dele. Ô vozeirão que parece um trovão! Rssssss
E lá continua o grego tocando, o cara não conseguia deixar o palco, rsss, as pessoas não deixavam de jeito nenhum, eram gritos, assobios, nomes de músicas que as pessoas queriam ouvir ressoando, sons se misturando, um estardalhaço. E lá vem eu de novo: “DON’T LEAVE”, rsss. Ele voltou três vezes para o palco, rsssss e se ele não dissesse que aquilo não ia terminar e nos deixar com aquela última canção que foi “one man’s dream” capaz da gente ter passado a noite lá, porque gás não faltava não, rssss.
Não podia ser mais lindo ele ter contado em todos os shows a história dos astronautas!!!! A única coisa que posso fazer é agradecer, muito mesmo. O mundo em que vivemos ainda estagia nas sombras, mas como muitos seres humanos desejosos de paz, eu também anseio pela fraternidade reinando entre todos os povos, um mundo sem fronteiras ilusórias, um mundo cheio de amor.
E, eu que comecei o dia desanimada, estava completamente encantada, eufórica, embasbacada com aquelas lindas melodias que eu esperei tanto para ouvir ao vivo e aquela gente linda, aqueles músicos maravilhosos também, que só levam boas vibrações e muita felicidade por onde passam.
Pensando que eles talvez demorassem para vir ao Brasil novamente também soltei um “COME BACK”, creio eu , de novo, inapropriadamente. Outro escorregão, claro, pois tinha o momento certo dele anunciar que eles realmente iriam voltar ano que vem, rsss. Era eu, dando uma mancada atrás da outra. Ele falando de nightingale e antes que ele dissesse o nome da música, lá vem eu, “NIGHTINGALE”, ao que ele respondeu: “Yes, nightingale.” Tadinho do Yanni, ter que me aturar tão eufórica deve ter sido praticamente uma tortura, tsc, tsc. Mas, o que eu podia fazer? Era o meu primeiro show, tinha toda uma história, tinha a alegria que voltava ao meu espírito, o sentimento reavivado de um amor profundo pelo elemento humano, a despeito de todas as nossas mazelas, enfim, eu perdi a virgindade para um show do Yanni. E, olha que nem doeu e foi extreeeeeeemamente prazeroso, rsssssss. Culpa do grego! Culpa de toda a patota que o acompanhava no palco. Miseráveis, disgramentos, porque agora conquistaram de vez meu pobre coração. Como ser feliz sem vocês por perto??? Me explica vai..... A apresentação de todos os músicos foi alguma coisa fora do normal, que era aquilo? As cantoras, os violinistas, o cara da harpa, Jesus. Quem liga pra Yanni com aquela gente toda tocando no palco, rsssssss?! Juro, uma humilhação! Aliás o show todo foi uma humilhação, rsss.
Achei tão fofo ele falando da homenagem dos chineses e da honra que a ele foi dada pela adoção do panda. Ele falava “It’s so cuute!”, mexendo com as mãozinhas, coisa mais fofinha de se ver. Fiquei feliz por saber que ele é capaz de gostar de um animal! Quem me conhece nem sabe o motivo, rssss.
A energia irradiada naquela noite foi indescritível, a atmosfera que eles deixaram se impregnou em nós e no ambiente. Fiquei me sentindo bem por horas. O melhor passe magnético de todos os tempos, rsssss.
Yanni falou do amor e de como toda a vida dele foi muito marcada por esse sentimento e de como nós não devemos guardar sentimentos negativos porque eles nos adoecem e sobre como devemos lidar com a vida de forma a não permitir que esses sentimentos negativos tomem conta de nós, algo assim e, que deveríamos manter somente os sentimentos positivos. “Curioso”, porque é exatamente assim que penso. Sintonia muito bacana!
E, olha, realmente, esse homem irradia amor e compaixão. Que ser humano maravilhoso ele é. E, que privilégio levar essas boas vibrações para o mundo todo. Uma vida de luz, certamente.
O show acabou. Eu mal conseguia acreditar. Queria que aquelas presenças ali permanecessem, nem que fosse em silêncio, sim porque só a vibração energética que vinha deles, já era suficiente para me trazer a paz que eu precisava. Eu queria mais, mas sabia que as cortinas se fechavam, era preciso deixá-los ir, tocar e encantar outras platéias. Eles não nos pertencem, nem pertencem a eles mesmos, são vidas guiadas por Deus a espalhar amor e luz a outros corações por todo o mundo. Que vida linda! E que eles nunca duvidem da extraordinária missão dada a eles pelo Alto. Aqui, uma breve pausa para uma música que cabe bem para o momento.
Don’t Le me Be Misunderstood
http://www.youtube.com/watch?v=bwNbsrGHa7s
Se ter uma vida considerada digna pelo Altíssimo é aplacar o sofrimento e levar alegria e amor aos nossos irmãos, então essas pessoas já estão com seus lugares no céu garantidos, pois sabe-se lá quantas lágrimas enxugaram, quantos suicídios evitaram, quando amor espalharam, isso a nível global. Mais uma vez, que vida linda! Cheguei em casa e fui pegar minha mãe na Marli, minha vizinha, que ficou cuidando dela. A pobre estava acordada, estava encostada na grade me esperando e falando um monte de bobagens. Botei pra dentro, acomodei e ela apagou rapidinho. Nem limpei nada, tava podi. A casa estava imunda, mas hoje – dia seguinte ao show- mandei ver. Está tudo limpinho, já defumei a casa, já acomodei os bichinhos. A mãe está dormindo, enfim, tudo em paz. Impactada ainda com a noite de ontem. Fantástica! Linda! Um raio de luz!
Daqui a pouco eu desço pra terra, e volto para a realidade. Ô tristeza! Depressão pós-show = mode on. Teve uma hora que ele anunciou que ele iria voltar ano que vem. Então meu filho, volte logo que eu “quero lhe usar”, rsssss. Por que tudo que é bom dura pouco? Talvez a resposta esteja no titulo de uma das músicas de Scorpions.....THE BEST IS YET TO COME. Quando algo termina, sempre tem algo melhor a nossa espera, basta que estejamos abertos para a vida e para as mensagens que o universo nos manda.
Just because …..THE BEST IS YET TO COME…at least, I hope so.
http://www.youtube.com/watch?v=ju1E0eBUm6I
SCORPIONS = LAND AND FIRE YANNI = AIR AND WATER – maybe literally, right dolphin? He he
‘Til you come back…………. to take me to the stars..................
YOU CUUUUUUUUTE! HAHAHAHAHAHA
Verei vocês ano que vem, certamente.
Até lá... LUZ! PAZ! AMOR! Beijocas mil, Mônica
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